segunda-feira, 8 de março de 2010

Na “Economia do Descarte”, artefatos industriais têm sido projetados para a obsolescência programada (redução intencional da vida útil dos produtos como parâmetro projetual) ou para a obsolescência percebida (descarte prematuro de produtos devido ao consumismo). Esta aliança irresponsável entre marketing, design e sistema produtivo tem resultado no caos ambiental em que estamos vivendo, tornando imperativo que os novos designers revejam as práticas de seus antecessores. Ao mesmo tempo, soluções inovadoras precisam ser pensadas para diminuir os problemas causados pelos artefatos residuais gerados segundo a lógica do descarte irresponsável e/ou prematuro. Trata-se de uma questão complexa que envolve diversos atores sociais dispersos pelo globo, uma vez que os produtos, na maioria das vezes, são consumidos e descartados, longe de seu país de produção.

O projeto “Não descarte. Design!” está inserido em uma ideologia maior que defende padrões de sustentabilidade (econômica, social e ambiental) como parâmetro projetual para as atividades de design. Desta forma, os objetivos gerais do projeto são o de ajudar a formar uma consciência globalizada de que todo problema é um problema de projeto, e, portanto, um problema de design. E de que parâmetros de sustentabilidade devem ser vistos como desafios estimulantes à inovação nos negócios, além de uma oportunidade de a profissão se reconciliar com seus valores originais.

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