terça-feira, 16 de março de 2010

Complexo Rouge: Uma Fábrica Legal

A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social.

Essa revolução colocou no coração de muitos homens um sonho: “como produzir mais”.
Henry Ford foi um desses pioneiros, o seu sonho foi o de criar o maior complexo industrial do mundo, com capacidade de transforma o minério de ferro, matéria bruta em um carro um pouco mais de 24 horas.

A velocidade hoje não impressiona, mas naquela época isso era de certa forma fantástica. Sua visão focava alta produtividade, baixo custo de produção e total verticalização da produção.
Com 2 bilhões de hectares, possui uma industrial de reciclagem de papel, usina de energia, siderurgia e extração de minério.
Nos anos 80 esse sonho virou um pesadelo ambiental. Sua estrutura enferrujada refletia os danos causados no rio Rouge e na degradação do solo que por anos foi explorado, além de várias substâncias nocivas jogadas no meio ambiente.

Apesar deste cenário que indicava o fim do sonho de Ford, foi seu consangüíneo Bill Ford laçou um novo desafio e um novo modelo de negócio: "transformar um ícone do século 20 em um modelo industrial do século 21 de fabricação sustentável".

A idéia era simples, ao invés de destruir ele também poderia retribuir.

No começo, lançar essa idéia inovadora, foi difícil. Convencer a diretória e engenheiro que sustentabilidade no processo de produção seria possível era uma idéia um tanto inovadora de mais, vista como uma piada. Devido a problemas judiciais essa idéia tomou força, já que poderia economizar 35 milhões de dólares além da possibilidade de explorar essa nova idéia.

Orientados com o pensamento de design, engenheiros, arquitetos e consultores criaram um plano estratégico que seria a reviravolta do complexo Rouge.

Aproveitar a água da chuva e a luz solar, restaurar a vida em torno da fábrica, criar habitat natural, esse era um dos objetivos do projeto.

Essas transformações não-convencionais trouxe além de um novo modelo de como produzir, superou as expectativas criando um ambiente diferente para os seus funcionários, redução de custo e o mais importante o respeito a natureza.

Curiosidades
  • Mais de 4.000 prensas para estampar a lataria de automóveis.
  • Para abastecer tudo isso, uma siderúrgica completa
  • Energia elétrica gerada na própria planta da Ford, por uma usina que poderia servir à uma cidade americana de porte médio
  • Henry Ford criou a classe média operária da noite para o dia, ao dobrar o valor da hora trabalhada ainda na década de 10. Enquanto todos em Detroit pagavam por uma jornada de 9 horas a u$2.50 a hora, na Ford eram 8 horas a U$5.00.
  • Minas de carvão, de minério e calcário; depósitos de areia para produzir vidros e até os pneus passaram a ser produzidos ali.


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